Telefone pra quê?

telefoneNão existe treco que mais perturba o ser humano que o tal do telefone. Você está no melhor do sono e o “são 6h, é hora de levantar” te incomoda. Vai tomar banho e justamente quando está todo ensaboado, lá está ele gritando novamente. O café é interrompido para atender a ligação de uma amiga que quer uma carona. Ao chegar ao trabalho, os ditos aparelhos parecem querer lhe enlouquecer. Pra completar, a secretária que repassa as ligações não informa quem é do outro lado da linha. Você, que já está estressado porque o início do mês – o 5º dia útil, na verdade – não chega e já tem cobrança do outro lado da linha. Resolve tomar uma água e mal consegue dar o primeiro gole. Retorna à mesa de trabalho, lê os e-mails enquanto um cliente liga de uma cidade com problemas na telefonia, a voz sai metalizada. Os filhos foram para a escola e na hora que saem ligam: “pai, vem me buscar”. É assim o dia todo. E foi assim que tudo acabou. Uma ligação e um sussurro: “aconteceu”. Não entendi no começo. Ou quis não entender.
Por outro lado, é o mesmo “maldito” aparelho que traz boas notícias e aproxima-nos. Foi com uma ligação que descobri que seria pai novamente. Foi com uma chamada que me informaram que meu pai precisava de mim e eu corri até ele. É com esse treco inventando por Antonio Meucci – sim, Congresso americano diz que foi ele -, que sei como estão meus irmãos e meus amigos.
Com tantos prós e contras, fica a dúvida: telefone pra quê?

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